Há pessoas que se consideram muito azaradas.... eu não sou desse tipo não! Ao contrário, me acho super sortuda e assim levo minha vida.
Porém... como um ser humano normal e mortal que sou, já tive meus momentos de azar total.
E neste dia a lei de Murphy imperou como nunca:
Estava eu no auge dos meus 9 anos de idade e fomos passar férias. Onde? Juiz de Fora, claro! Assim fazíamos todos os anos. Eu adorava ir à casa de meus primos porque eles assinavam revistinhas da Turma da Mônica e eram os que tinham os melhores brinquedos.
No meio da brincadeira eis que encontro uma bolinha de tênis dentre os brinquedos. Pedi a autorização a meu primo para brincar com ela "lá embaixo no prédio" e, após a recomendação de que eu tivesse cuidado com a bolinha, porque foi um presente de não sei quem e que não a jogasse na casa da vizinha, pois ela era muito má e não devolvia nenhuma bolinha que caísse na casa dela.
E lá fui eu feliz da vida brincar sozinha "lá embaixo no prédio". Cada golpe que eu dava com a raquete era meticulosamente calculado para que não fosse forte demais a ponto de isolar a bolinha na casa da vizinha má.
E eis que em um determinado momento de responsabilidade de minha parte pensei: vou brincar em outra parte do prédio porque aqui está muito perto do muro que dá para a casa da tal vizinha.
E fui eu para a parte da frente do prédio e o que eu não esperava é que a bolinha passasse pela grade do portão e fosse parar na rua. Até aí tudo bem, a bolinha não chegou até a rua, ficou no passeio. E era muito simples: eu abriria o portão e pegaria a bolinha sem nenhum problema.
E então fui abrir o portão. E o que acontece neste meio tempo?? Passa um cachorro, que naquela época era o ser vivo que eu tinha mais medo na face da Terra, e nada mais nada menos morde a bolinha e sai pela rua feliz da vida com a bolinha na boca.
Enchi meu peito de coragem e resolvi correr atrás do cachorro. Quanto mais eu corria atrás dele mais ele corria de mim. Até que ele se cansou e parou. E neste momento eu pensei: Ufa! Vai deixar minha bolinha em paz. E ele de fato a deixou, porém a deixou em cima de uma boca de lobo (essas grades de esgoto que têm no meio fio) e só deu tempo de ver a bolinha rolando esgoto a dentro!
E o que eu fiz?? Subi e falei assim para o meu primo: "Primo, mil desculpas, mas a bolinha caiu na casa da vizinha".
Você acha que ele iria acreditar nesta história toda? Resolvi simplificar, a vizinha já tinha fama de ser má mesmo !!!
E no final eu me perguntei: mas logo comigo tinha que acontecer isso?
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